São João Bosco, o padroeiro da juventude: como atrair os jovens para mais perto do Coração de Cristo?
Fiel devoto de Maria e Padroeiro dos Jovens, São João Bosco é o santo que comemoramos hoje! Leal defensor da Igreja Católica e amoroso mentor dos jovens, o santo deixou como legado a Congregação Salesiana, uma das maiores da Igreja.
O santo nasceu no ano de 1815 em uma pequena vila italiana, filho de um casal de camponeses não letrados que estavam em uma difícil situação financeira. Em sua infância, passou por várias dificuldades financeiras e familiares, e com apenas dois anos de idade, perdeu seu pai.
Educado na fé católica por sua mãe, João Bosco foi incentivado a viver a fé e anunciar o Amor de Deus por ela. Empenhado nos estudos e nos trabalhos, era um menino determinado, que sentia o chamado a anunciar o Evangelho de Cristo para todos os que estavam à sua volta.
Aos 26 anos, assumiu o sacerdócio. Um homem caridoso e dócil ao Espírito Santo, viveu diversas dificuldades em sua caminhada. João ia ao encontro dos que sofriam em realidades atribuladas, com acolhimento e uma evangelização amparadora.
Foi incompreendido por muitos, chamado de louco, mas insistiu em sua missão de levar aos jovens o Amor de Deus com alegria e ousadia. Dom Bosco, como era chamado, fundou a Congregação Salesiana com diversos colaboradores unidos ao santo na missão de evangelizar jovens desamparados.
A vida de vários meninos foi transformada pelas oportunidades que lhes foram dadas por meio dos oratórios festivos de Dom Bosco que ofereciam não apenas uma catequização, mas também moradia, segurança, diversão e profissionalização.
Faleceu aos 72 anos em 1888 e deixou um importante legado, a Congregação que fundou espalhou-se por todo o mundo. Ele disse: “Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens” e verdadeiramente viveu esse pensamento.
São João Bosco ousou e foi corajoso em sua missão, ele atraiu os jovens ao Coração de Cristo por meio de uma evangelização que ia ao encontro da realidade em que viviam, amparando a eles com mansidão e catequizando de maneiras inovadoras!
São João Bosco, rogai por nós!
São Tomás de Aquino, Doutor da Igreja: "A humildade faz o homem tornar-se capaz de Deus".
No dia 28 de janeiro somos convidados pela Igreja Católica a vivermos a memória litúrgica de um importante santo e Doutor da Igreja, que com seus escritos nos aprofunda na vivência da fé: São Tomás de Aquino!
O santo nasceu em 1225 em uma família italiana da alta nobreza, e foi educado na fé católica por seu tio, que era abade, Sinibaldo. Ao completar 18 anos lutou contra grande oposição de sua família e seguiu sua vocação ao entrar para a Ordem dos Dominicanos.
São Tomás já perguntava, com apenas 5 anos, “Quem é Deus?” aos religiosos. Era silencioso, inteligente e estudioso, buscando sempre estar em contemplação, escrevendo e estudando.
Por três anos o santo estudou em Paris, tendo Santo Alberto Magno como seu educador. Alguns anos depois, tornou-se professor em Sorbonne. Voltou à Itália para ocupar o cargo de Mestre em Teologia, lecionando em Agnani, Orvieto e Roma.
Era chamado de “Doutor Angélico”, e escreveu a tão conhecida ‘Suma Teológica’, na qual sintetiza o pensamento católico por meio de explicações racionais sobre a existência de Deus. Escreve de maneira clara, ajudando e esclarecendo a muitos a fé em Cristo.
Nesta obra, São Tomás estrutura seus argumentos em 5 vias:
1ª Via do movimento/primeiro motor;
2ª Via da causa eficiente;
3ª Via do contingente e do necessário;
4ª Via dos graus de perfeição;
5ª Via do governo das coisas/da finalidade ser.
Por meio delas, trás as evidências da existência de Deus! Seus escritos nos aprofundam na fé, e no Concílio Vaticano II, foi indicado que a linha de pensamento do santo fosse seguida nos seminários e nas Universidades Católicas.
O santo morreu com 48 anos em um mosteiro enquanto estava de viagem, mas em sua vida podemos testemunhar o quanto ele foi guiado pelo Espírito Santo e viveu a santidade. Um grande filósofo e teólogo cuja contemplação trouxe tanta sabedoria!
São Tomás de Aquino, rogai por nós!
São Francisco de Sales, rogai por nós!
No dia 24 de janeiro temos a alegria de comemorar o dia de um santo Doutor da Igreja e padroeiro dos jornalistas, São Francisco de Sales. O santo foi cofundador da Ordem da Visitação e um grande pregador e escritor.
Francisco nasceu em 1567 em Saboia, na França. Filho mais velho dos Barões de Boisy, ele recebeu este nome devido à devoção que a família tinha à São Francisco de Assis. Foi educado nos caminhos da fé desde muito jovem por seu mentor, Padre Deage.
O santo estudou Direito, em Pádua, mas contrariando as expectativas de sua família, foi ordenado sacerdote. Seu pai permitiu que ele vivesse sua vocação, e foi então nomeado para ser o capelão da catedral de Genebra, lugar onde, anos depois, veio a se tornar bispo.
São Francisco era também muito devoto da Virgem Maria, e em ocasião de tentação de desconfiar da Misericórdia do Senhor, ele recorreu ao auxílio de Nossa Senhora e sua desconfiança extinguiu-se.
Ao tornar-se bispo de Genebra, o santo foi um verdadeiro instrumento de conversão, e catequizou adultos e crianças, fundando escolas e chamando o povo a uma vida de santidade. Ele, ainda, converteu muitos calvinistas da região por meio de seus escritos.
Em 1610, junto com Santa Joana de Chantal, Francisco fundou a Ordem da Visitação de Santa Maria, uma ordem de clausura monástica. O santo cuidava da Ordem e por meio de suas pregações e escritos à ela destinada realizou diversos milagres.
Ele era um grande pregador, anunciando o Evangelho em diversos lugares e até mesmo para os nobres e a família real da região. Era também um escritor influente, e chegou a converter muitos por meio de suas obras, “Introdução à vida devota” (Filotéia) e, escrito especialmente para aquelas que estavam na Ordem da Visitação, o “Tratado do Amor de Deus”.
São Francisco de Sales, sendo colérico, verdadeiramente soube controlar seu temperamento com o auxílio da graça, hoje, é conhecido como o santo da amabilidade e doçura. Faleceu aos 56 anos em 1622, no dia da Festa dos Santos Inocentes e deixou seus ensinamentos como herança para todos nós.
São Francisco de Sales, rogai por nós!
Epifania do Senhor e a manifestação de um Deus vivo.
A Solenidade da Epifania do Senhor nos leva a contemplar a manifestação de Jesus como o Salvador, o Messias. Nesta festa, somos convidados a recordar o momento em que os três Reis Magos visitam o Cristo recém-nascido.
A epifania, que pode ser traduzida como ‘manifestação’, do grego, é a revelação de que Cristo é aquele a quem estavam esperando, é o Messias que traz a libertação. Este é, então, o momento em que O contemplamos em toda a Sua grandeza mas também em sua humanidade.
Nesta data, nós nos lembramos dos Reis Magos, reconhecendo que estes três homens nos representam. Meditamos, então, a vinda do Senhor para todos os povos, para todos nós.
Estes homens foram guiados pela estrela e encontraram Jesus no colo de sua Mãe em Belém. Quando O viram, O adoraram. Se ajoelharam diante de Jesus reconhecendo que testemunhavam a Encarnação do Deus que se fez homem.
Os três vieram de lugares diferentes, na busca por entender o sentido da luz diferente que estava no Céu. Melquior ofereceu ouro, Gaspar ofereceu incenso e Baltazar ofereceu Mirra. Reconhecendo, assim, a Majestade do Cristo, sua Humanidade e Divindade.
Por meio da Encarnação, o Senhor nos apresenta a salvação. Observamos em Jesus a revelação da divindade do Filho de Deus que se fez homem, que veio de encontro a toda a humanidade, a todas as pessoas.
Que possamos, então, reconhecer a grandeza do Senhor e ir ao Seu encontro. Assim como os Reis Magos, adorar em verdade e humildade o Menino Jesus, nos colocar diante Dele.
Rezemos juntos a oração da Solenidade da Epifania:
Senhor Jesus, que a exemplo dos Magos do Oriente,
vamos também nós frequentemente
adorar-te em tua Casa que é o Templo
e não vamos jamais com as mãos vazias.
Que te levemos o ouro de nossas ofertas,
o incenso de nossa oração fervorosa,
e a missa dos sacrifícios que fazemos para permanecer fiéis a Ti,
e que te encontremos sempre junto a tua Mãe Santíssima, Maria,
a quem queremos honrar e venerar sempre
como Tua Mãe e nossa.
Amém.
São João Apóstolo: O discípulo a quem Jesus amava
Logo após o Natal e a festa da Sagrada Família, a Santa Igreja tem a tradição de celebrar São João Apóstolo, no dia 27 de dezembro. Também chamado São João Evangelista, foi ele quem escreveu o quarto Evangelho, três epístolas e o livro do Apocalipse.
Conheceu Jesus e deu início a sua missão bem jovem, sendo o mais novo entre os discípulos, tendo por volta de seus vinte anos de idade. Era um jovem de fé que dedicava-se às obras de Deus, visto que já era discípulo de João Batista.
O Evangelho nos apresenta João como o “Discípulo que Jesus amava”. A relação do Senhor e João era forte, ambos tinham grande afeto um pelo outro. Tanto que Jesus o chamava de “Filho do Trovão”, levando em conta seu forte temperamento. Porém, Jesus o repreendeu e o ensinou.
Durante sua vida de discípulo, foi sempre fiel ao Salvador, acompanhou toda Sua paixão e permaneceu aos pés de Tua cruz. E, neste exato momento, Jesus entregou-lhe Maria como mãe.
Após o retorno de Jesus ao Reino dos Céus, São João deu continuidade à sua missão na Terra. Foi uma das principais peças nas primeiras comunidades cristãs e seu trabalho sempre esteve muito ligado ao de Pedro.
Acolhendo ao pedido do Senhor, cuidou de Nossa Senhora toda a vida, morando com ela em Éfeso, durante vários anos. Alí tornaram-se líderes da comunidade. Deixou a Terra para adentrar no Reino dos Céus por volta de cem anos d.C.
Suas obras e escritos permanecem até hoje, nos dando a certeza da extraordinária entrega de São João e do imenso amor de Jesus por ele. Sua missão é inspiração para cada um de nós. Em seu Evangelho, demonstrou imenso domínio teológico, e ele foi o autor da seguinte frase:
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade” (Jo 1, 14)
São João, interceda por cada um de nós, para que saibamos amar a Deus em excelência e aceitar cada um dos planos dEle para nossas vidas.
São João Evangelista, rogai por nós!
Sagrada Família de Jesus, Maria e José: modelo e referencial da família cristã!
Na oitava de Natal somos convidados, como Igreja Católica, a celebrarmos a Solenidade da Sagrada Família! Neste ano de 2021, a data acontece no dia 26 de dezembro, e nela, somos chamados a voltar nossos olhares para esta Santa Família.
Uma festa que nos traz uma reflexão tão profunda sobre a importância da família e da vivência da fé em união. Testemunhamos em Jesus, Maria e José a simplicidade e principalmente o Amor de Deus.
Nossa Senhora aceitou ser a Mãe do Salvador e São José assumiu sua missão de receber Maria como sua mulher e Jesus como seu filho. É nesse contexto que Deus se fez homem, testemunhamos a Encarnação, a família do Criador que se fez Criatura.
Dessa forma, essa Solenidade nos leva a buscar a reflexão, analisar se estamos vivendo em família de maneira cristã, se estamos buscando o diálogo compreensivo.
Que possamos, neste dia, entender a necessidade da oração em nossas vidas familiares. Como São João Paulo II nos diz: “A família que reza unida, permanece unida”. Assim, nos tornamos evangelizadores e verdadeiras testemunhas da ação de Deus em nossos lares.
Busquemos, inspirados pela Sagrada Família e a tendo como modelo, gerar um espaço de amor e santidade em nossas famílias. Cultivando sempre uma vida de oração e de crescimento nos valores cristãos.
“Jesus, Maria e José, em Vós contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, confiantes, a Vós nos consagramos. Sagrada Família de Nazaré, tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, autênticas escolas do Evangelho e pequenas igrejas domésticas.” - Papa Francisco.
IV Domingo do Advento: “Ora, apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança estremeceu no seu seio; e Isabel ficou cheia do Espírito Santo” (Lc 1, 41).
Precedendo o momento tão especial do Natal, o nascimento de Cristo, temos o último domingo do advento, um momento tão especial no qual testemunhamos o momento em que Maria visita sua prima Isabel.
A passagem nos traz o momento em que Maria, depois de receber a notícia de que seria a Mãe do Salvador, descobre que sua prima Isabel, de idade avançada, está grávida. Maria parte, então, ao encontro de sua prima.
Estava grávida, mas ainda assim, Nossa Senhora se colocou à caminho em uma difícil jornada para poder servir e auxiliar sua prima. Que possamos ser, nesse sentido, como ela, que, sendo habitação de Jesus, sai para se colocar a serviço do outro. Cheios de Jesus, possamos nos doar e oferecer ao outro nossa assistência.
No evangelho, podemos testemunhar ainda a felicidade gerada pela chegada de Maria com o Salvador. A agitação de João Batista no ventre de Isabel nos demonstra sua alegria com a chegada do Salvador. Essa agitação deve ser a nossa, que esperamos alegremente a chegada do Menino Jesus!
Em seguida, Isabel fica preenchida pelo Espírito Santo e professa uma das mais bonitas orações que temos nas Sagradas Escrituras: a Magnificat! Ela começa dizendo “Bendita é tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre.”, o que veio a se tornar uma parte da oração da Ave Maria.
Isabel reconhece a graça de Deus que se manifestou em sua prima, e se torna testemunha de Seu poder, demonstrando a grande gratidão em seu coração.
Neste IV Domingo do Advento, reconheçamos e professemos com gratidão que o Salvador está chegando. Que possamos O receber com alegria autêntica, com o coração completamente aberto e preparado!
Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina!
No ano de 1531 a Virgem Maria apareceu a um simples indígena na região próxima a Cidade do México. Hoje, 490 anos depois, temos a alegria de celebrar o dia de Nossa Senhora de Guadalupe, a padroeira da América Latina!
São Juan Diego era um indígena asteca que se encontrava no campo, triste pela preocupante enfermidade que seu tio sofria. Foi neste momento que a Virgem Maria lhe apareceu.
Ela o consolou em sua língua materna, dizendo-lhe em nauatle (a língua asteca): “Juan Diego, não deixe o seu coração perturbado. Eu não estou aqui? Não temas esta enfermidade ou angústia.”. Maria lhe pediu, ainda, para que fosse construída uma Igreja naquela colina, e o encarregou de passar esta mensagem ao Bispo.
Ao encontrar-se com o Bispo, ele lhe pediu uma confirmação da aparição, para que pudesse ter certeza de que era verdadeira. Juan Diego, então, retornou ao campo e contemplou mais uma vez a aparição de Nossa Senhora.
Maria disse, sorrindo, a Juan que recolhesse flores em seu poncho, e ele o fez. Um verdadeiro milagre, considerando-se que estavam no inverso e o monte coberto de neve.
O santo despejou as flores aos pés do Bispo, e em seu poncho era possível ver a Imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Depois dessa confirmação, foi construída uma grande Igreja, cumprindo o pedido de Maria.
Papa Bento XIV nos diz, ainda, sobre a singularidade da Imagem: “Nela tudo é milagroso: uma Imagem que provém de flores colhidas num terreno totalmente estéril, no qual só podem crescer espinheiros… Uma Imagem estampada numa tela tão rala que através dela pode se enxergar o povo e a nave da Igreja… Deus não agiu assim com nenhuma outra nação.”.
Nossa Senhora de Guadalupe, rogai por nós!
Santa Catarina Labouré e a Medalha de Nossa Senhora das Graças!
No dia 27 de novembro somos convidados a celebrar um dos mais conhecidos e importantes títulos de Maria: Nossa Senhora das Graças! Aquela que apareceu para a simples freira Santa Catarina de Labouré e hoje, 191 anos depois, é celebrada com alegria por todos os devotos e católicos.
A aparição aconteceu em uma capela no centro de Paris, na França, em 1830. Catarina sentiu-se impelida a rezar e foi este o momento em que a Virgem Maria apareceu vestida de branco com um véu azul para a santa.
Segundo os relatos da freira, estando em oração, teve a visão de Maria com as mãos estendidas sobre a terra como um símbolo das Graças que derrama sobre aqueles que as pedem.
Formou-se, então, um quadro oval em torno de Maria. Nele, era possível ler: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós, que recorremos a Vós”. Pediu, então, que fosse uma cunhada uma medalha deste modelo, para que aqueles que a trouxerem com devoção, recebam diversas graças.
Essa é a poderosíssima Medalha Milagrosa, foi cunhada milhões de vezes e espalhada por todo o mundo. A promessa de Maria se cumpria, e graças a ela, uma epidemia foi superada na França. Aqueles que estavam doentes e recebiam, com fé, a medalha, começaram a ser curados milagrosamente.
Catarina também relata que das mãos de Maria saiam raios, representando as Graças. Segundo ela, os raios mais espessos são as Graças que os fiéis se lembraram de pedir e os mais finos, as Graças que esqueceram de pedir. Maria diz, ainda: “Tenho muitas graças para distribuir... Mas as pessoas não me pedem...”.
Nossa Senhora é distribuidora das graças, que são de Deus. O Senhor escolheu distribuí-las pelas mãos de Maria, que quer dá-las aos seus filhos. Precisamos, então, recorrer com fé à nossa Mãe!
Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!
São Roque Gonzales, e companheiros mártires.
No dia 19 de novembro somos convidados a celebrar o dia de São Roque e seus companheiros mártires! Santos padres jesuítas que foram mortos pela fé, tornando-os mártires, na região do atual Rio Grande do Sul.
São Roque nasceu no Paraguai em 1576. Seus pais o educaram na fé desde muito jovem, e aos vinte e quatro anos recebeu a ordenação sacerdotal. Assumiu, então, o trabalho de formação espiritual dos indígenas.
Quando o bispo de Assunção observou o sucesso de sua evangelização, queria que ele se tornasse pároco, mas o santo renunciou a essa nomeação para entrar na Companhia de Jesus. Em 1609 assumiu o hábito jesuíta e tornou-se missionário.
Seu trabalho missionário, feito em união com outros dois padres, João de Castillo e Afonso Rodrigues, evangelizava e protegia os indígenas. Organizavam reduções nas tribos, impedindo que eles se tornassem escravos dos colonizadores. Ajudavam os indígenas a manterem suas culturas e serem catequizados.
Os três padres missionários sofreram diversas perseguições, principalmente dos colonizadores que reprovavam as reduções, que impediam a escravização dos indígenas. Estes, convenceram os indígenas rebeldes a invadir e acabar com as missões e reduções.
O martírio dos santos aconteceu no dia 15 de novembro, logo após a celebração da missa. Os indígenas rebeldes mataram Afonso e João. Por último, mataram São Roque e mais de cinquenta pessoas testemunharam o milagroso momento em que o coração do santo foi arrancado e dele se escutou uma voz: “Matastes a quem tanto vos amava e queria. Matastes, porém, só o meu corpo, porque minha alma está no Céu!”.
Seu coração foi então lançado ao fogo mas não queimou, sendo assim, incorrupto. É venerado até hoje como uma relíquia na cidade de Assunção.
Estes três santos são considerados mártires por terem morrido em defesa da fé em Cristo e por causa dela. São mártires todos aqueles que são mortos pelo Senhor e por crer Nele!
São Roque e seus companheiros mártires, rogai por nós!