No dia 15 de outubro somos convidados, como membros da Igreja Católica, a celebrar a memória litúrgica de Santa Teresa D’Ávila, a primeira Doutora da Igreja! A santa responsável pela reforma do Carmelo.
Nasceu em Ávila, na Espanha, em 1515, e desde muito nova foi educada por seus pais nos caminhos da Igreja. Queria, junto com seu irmão, tornar-se mártir da fé. Quando, aos quatorze anos, sua mãe morreu, seu pai colocou-a para estudar no Convento das Agostinianas de Ávila.
No convento, sentiu o chamado à vida consagrada, e mesmo que seu pai não aprovasse, Teresa entrou aos vinte anos no Carmelo. Lá viveu um período de relaxamento, se deixando levar pelas conversas vãs. Até que, diante de uma imagem de Jesus sofredor, perguntou-lhe o que causava tanto sofrimento, e recebeu a resposta de que suas conversas fúteis eram o motivo.
Assim, aos quarenta anos de idade, Teresa viveu uma experiência de conversão. Ela sentiu o chamado para começar uma reforma no Carmelo, e depois de encontrar resistência, conseguiu fundar um novo Carmelo com poucas irmãs, dedicadas a viver uma vida mais simples e austera.
Esse foi o início do movimento que conhecemos hoje como as Carmelitas Descalças. A santa conseguiu, com a ajuda de seu grande amigo e também Doutor da Igreja, São João da Cruz, fundar e reformar outros conventos.
Em 1970 foi declarada Doutora da Igreja pelo Papa Paulo VI, e seus escritos nos revelam sua grande profundidade espiritual. Neles, ela nos conta sobre suas diversas experiências místicas e nos traz ensinamentos sobre como nos aprofundarmos em nossa vida espiritual.
Uma das experiências místicas que relata foi o momento em que um anjo transpassou seu coração com uma seta de fogo. Fato que até hoje é celebrado no Carmelo no dia 27 de agosto.
Teresa é um exemplo de amor e santidade. Ela verdadeiramente amou e lutou pela Igreja Católica numa época tão difícil, o surgimento das igrejas protestantes. Pouco antes de sua morte, disse: “Senhor, sou filha de vossa Igreja. Como filha da Igreja Católica quero morrer”.
Santa Teresa D’Ávila, rogai por nós!