No dia 15 de julho a tradição celebra a vida de São Boaventura, franciscano e Doutor da Igreja, lembrado por ser um homem inteligente e inclinado à ciência, mas ainda assim, humilde e modesto.
Em sua infância, foi curado de uma grave doença através da intercessão a São Francisco de Assis. Assim, quando fez vinte anos, tornou-se franciscano. Dentro da Ordem, se destacou por sua inteligência e foi designado a estudar filosofia e teologia na Universidade de Paris.
São Boaventura é lembrado por ser um fervoroso defensor da Ordem franciscana, e dizia que sua origem é semelhante à origem da Igreja, nas quais homens simples e humildes foram aqueles que as iniciaram, e depois homens nobres e intelectuais aderiram. Ele defendia que a Ordem, assim como as “Ordens Mendicantes” deveriam ter suas origens preservadas ainda que já estivessem dentro das universidades europeias e nas grandes cidades.
Era amigo de São Tomás de Aquino, e como fruto dessa amizade, hoje temos diversas obras teológicas que foram significativas para a Igreja. Em certo momento, foi questionado por um frei se ele poderia ser salvo mesmo que não conhecesse muito a teologia e a ciência, e respondeu-lhe: “Se Deus dá ao homem somente a graça de poder amá-Lo isso basta. Uma simples velhinha poderá amar a Deus mais que um professor de teologia”.
Tornou-se bispo e cardeal através do Papa Gregório X, e ficou responsável por conduzir um dos mais importantes concílios da história da Igreja, o Concílio de Lyon. No qual conseguiu conciliar o clero secular e as ordens mendicantes, o que foi um feito admirável para a época.
Ele nos diz: “não basta a ciência sem a caridade, a inteligência sem a humildade, o estudo sem a graça”, e nos mostra a necessidade de sermos guiados pelo Espírito até mesmo em nossos estudos.
São Boaventura, rogai por nós!